– Você poderia ter me avisado do que faria! – gritou Patricia.
– Você não deixaria. – argumentou Frederick.
– Claro que não! Você sabe como tem sido minha vida no último ano?
– Amor, me desculpa, ma era preciso.
– Não era! Você podia ter feito isso com outro!
– Não seria justo. – disse Frederick. – Não podia pedir para ninguém passar por isso.
– E porque você podia passar? – perguntou Patricia.
– Pois isso foi minha vida.

Frederick não esperou a resposta, apenas saiu do quarto, depois lidaria com a esposa, tinha coisas mais importante para fazer. Foi até o laboratório, os doutores Bluhm, Hernandez e Sutter estavam lá.

– Está pronta? – perguntou McCreary.
– Sim. – respondeu Sutter.

Dr. Bluhm aplicou a injeção com o sangue contaminado nela. Esperaram por meia hora, mas nada aconteceu.

– Vocês realmente inventaram a cura. – disse McCreary.
– Não, você inventou. A gente só produziu. – respondeu Bluhm.

Todos se olharam. Eles tinham a esperança para o mundo naquela sala. Era um sentimento indescritível o que sentiam no momento.

– Bom, vamos começar a produzir. – falou Bluhm.

Hernandez e Sutter saíram dali. Deixando McCreary e Bluhm sozinhos.

– Sabe que isso salvará o mundo, não é? – perguntou Bluhm.
– Não. Isso vai ajudar a recriar o mundo. – respondeu McCreary.
– Podemos curar qualquer um.
– Luther, depois de tantos anos, mesmo que o apodrecimento deles seja mais lento que o de um cadáver, eles estão completamente podres. Os membros estão caindo, e aposto que alguns nem cérebro possuem mais. Infelizmente, o mundo está muito além da salvação. Tudo que podemos fazer, é tentar dar uma segunda chance a ele.

Pela primeira vez, em mais de 20 anos, Frederick McCreary sorriu de verdade.

FIM